domingo, 17 de julho de 2011

requiem (1)

nunca se perde o que nao se tem. mas se sente dor mesmo por aquilo que nao existe.
nao acredito em fantasmas, e eles sempre estao do lado do meu travesseiro.
a dor pode ser infinitamente menor que um ferimento, e mais profunda que uma cratera lunar.
hoje minha alma foi sepultada em uma.
e meu coracao em outra.
alias, se hoje nao estivesse vivo, queria meu funeral la.
longe dos meus desejos desmedidos.
longe para proteger minha amada de mim mesmo.

onde quem estivesse alto
apaixonado
ou solitario
pudesse ver
a personificacao da ressaca

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