sábado, 3 de dezembro de 2011

a dudude

“se eu não puder dançar essa não e a minha revolução” (emma goldman)

#occupyartproduction

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

ventosul


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dança-teatro: o corpo é texto



[publicado em http://poeticasdocorpo.wordpress.com/2010/06/13/96/]

Dança-teatro? Teatro coreografado?

Dança-teatro, dança com teatro, dança que engloba elementos do teatro. A necessidade de se entender a dramaturgia do corpo existe desde que o homem começou a dançar e expressar sentimentos usando o corpo. O teatro e a dança sempre se relacionaram. No século 19, por exemplo, os chamados balés de repertório contavam suas lendas e contos de fadas lançando mão de linhas de roteiro. Quando somente a dança não resolvia a situação dramática, recorria-se à pantomima e à mímica, técnicas tipicamente teatrais. Por outro lado, no século 20, é fato que algo realmente novo ocorreu dentro dessa relação.

A dança procurou o seu moderno de maneira metalinguística, por assim dizer. Dançar para falar de dança. As técnicas e as composições evidenciavam o lugar do corpo no espaço, criavam passos, deixando de fora a teatralidade até então habitual. Porém, a partir da segunda metade deste século, a vanguarda mais uma vez devorou a si mesma e, como nos movimentos do pêndulo de um relógio, a dança voltou a tocar o teatro. Segundo a crítica de dança Helena Katz: “Surgiram pessoas que começaram a trabalhar nas intersecções entre dança e teatro de variadas maneiras: contando histórias e partindo de textos. Porém, trazendo para o corpo uma dramaticidade específica da dança, e não do teatro”.

Atualmente o debate gira em torno de como ocorre o hibridismo entre dança e teatro. Estes trabalhos corporais que se preocupam em discutir as formas de contaminação presentes no mundo fazem parte da chamada dança contemporânea. E, por ser tão vibrante e nova, os trabalhos que misturam as linguagens corporais estão afeitos a muita experimentação. Aliás, experimentar é uma das palavras-chaves da dança contemporânea.

(Baseada em matéria divulgada pela revista SESC/São Paulo. O Corpo é Texto?. Revista Sesc/São Paulo – outubro, 2000, n. 3, ano7, mensal. www.conexaodanca.art.br)

No vídeo, o espetáculo May b, de Maguy Marin, uma das precursoras da Dança-Teatro e da Nova Dança.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Si tú me olvidas


Quiero que sepas
una cosa.

Tú sabes cómo es esto:
si miro
la luna de cristal, la rama roja
del lento otoño en mi ventana,
si toco
junto al fuego
la impalpable ceniza
o el arrugado cuerpo de la leña,
todo me lleva a ti,
como si todo lo que existe,
aromas, luz, metales,
fueran pequeños barcos que navegan
hacia las islas tuyas que me aguardan.

Ahora bien,
si poco a poco dejas de quererme
dejaré de quererte poco a poco.

Si de pronto
me olvidas
no me busques,
que ya te habré olvidado.

Si consideras largo y loco
el viento de banderas
que pasa por mi vida
y te decides
a dejarme a la orilla
del corazón en que tengo raíces,
piensa
que en ese día,
a esa hora
levantaré los brazos
y saldrán mis raíces
a buscar otra tierra.

Pero
si cada día,
cada hora
sientes que a mí estás destinada
con dulzura implacable.
Si cada día sube
una flor a tus labios a buscarme,
ay amor mío, ay mía,
en mí todo ese fuego se repite,
en mí nada se apaga ni se olvida,
mi amor se nutre de tu amor, amada,
y mientras vivas estará en tus brazos
sin salir de los míos.
(Pablo Neruda)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

sábado, 24 de setembro de 2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

limite entre dança e transe (2)

Spanish Dancer (1879-82), John Singer Sargent.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

limite entre dança e transe


Exils, 2004, direção de Tony Gatlif

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

quanta

"- Quero perguntar-te uma coisa. De que matéria somos feitos? De onde vieram esses átomos que formam o nosso corpo?
Lorens respondeu, a olhar para o céu antigo.
Foram criados juntamente com estas estrelas e este rio que estás a ver. No primeiro segundo do Universo.
Então, depois desse primeiro momento de Criação, nada mais foi acrescentado?
- Nada mais. Tudo se moveu e se move. Tudo se transformou e continua a transformar-se. Mas toda a matéria do Universo é a mesma há um milhão de milhões de anos. Sem que um átomo sequer tenha sido acrescentado.
Brida ficou a olhar o movimento do rio e o movimento das estrelas.
Era fácil perceber o rio correndo sobre a Terra, mas era difícil notar as estrelas a moverem-se no céu. Entretanto, um e outro moviam-se.
- Lorens - disse por fim, depois de um longo período em que os dois ficaram em silêncio vendo um barco a passar. - Deixa-me fazer-te uma pergunta que pode parecer absurda: é fisicamente possível que os átomos que compõem o meu corpo tenham estado no corpo de alguém que viveu antes de mim?
Lorens olhou para ela, espantado.
O que é que estás a pretender saber?
Só isto que te perguntei. E possível?
Podem estar nas plantas, nos insectos, podem ter-se transformado em moléculas de hélio e estar a milhões de quilómetros da Terra.
- Mas é possível que os átomos do corpo de alguém que já morreu possam estar no meu corpo e no corpo de uma outra pessoa?
Ele ficou quieto por algum tempo.
- Sim, é possível - respondeu finalmente.
Uma música distante começou a tocar. Vinha de uma barcaça que atravessava o rio e, mesmo à distância, Brida podia distinguir a silhueta de um marinheiro emoldurada pela janela iluminada. Era uma música que lhe lembrava a adolescência e lhe trazia de volta os bailes na escola, o cheiro do seu quarto, a cor da fita que costumava usar no rabo-de-cavalo. Brida percebeu que Lorens nunca tinha pensado no que ela acabara de lhe perguntar, e que naquele momento talvez estivesse a procurar saber se no seu corpo estariam átomos de guerreiros vikings, de explosões vulcânicas, de animais pré-históricos e misteriosamente desaparecidos.
Mas ela pensava noutra coisa. Tudo o que queria saber era se o homem que a abraçava com tanto carinho tinha sido, um dia, parte dela mesma."

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

este blog não está disponível em seu país

This painting is not available in your country.
But prints are.

30 x 25 cm, edição de 100, óleo sobre tela tensionada

domingo, 17 de julho de 2011

requiem (1)

nunca se perde o que nao se tem. mas se sente dor mesmo por aquilo que nao existe.
nao acredito em fantasmas, e eles sempre estao do lado do meu travesseiro.
a dor pode ser infinitamente menor que um ferimento, e mais profunda que uma cratera lunar.
hoje minha alma foi sepultada em uma.
e meu coracao em outra.
alias, se hoje nao estivesse vivo, queria meu funeral la.
longe dos meus desejos desmedidos.
longe para proteger minha amada de mim mesmo.

onde quem estivesse alto
apaixonado
ou solitario
pudesse ver
a personificacao da ressaca

domingo, 10 de julho de 2011

sábado, 9 de julho de 2011

sábado, 25 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

domingo, 19 de junho de 2011

domingo, 22 de maio de 2011

brainstorm #2

"- Então, devemos partir?
- Sim, vamos.
Eles não se movem."

- Essa luz forte!
- Fecha os olhos...
- Vira de costas...
- Pega o óculos escuro...
- Tampa com a mão...
- Xinga a mãe do dono...
- Reze...
- Tira a roupa...
- Use filtro solar...
- Faz igual aquela que come luz...
- Pega um espelho...
- Uma peneira...
- Uma garrafa d'água...
- O cesto de roupa...
- Água oxigenada...
- A laje...
- A piscina de plástico...
- O asfalto...
- Pede seu amor em casamento...
(pausa)
- E se chegar à noite?

(cc) 2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

sábado, 2 de abril de 2011




Intr.: (D D7 G D/F# Em Em/D A/C# D)

D A7 D
Oh Deus salve o oratório
A7 D
Oh Deus salve o oratório
D7 G D/F# Em
Onde Deus fez a morada, oiá, meu Deus
A7 D
Onde Deus fez a morada, oiá
D A7 D
Onde mora o Calix Bento
A7 D
Onde mora o Calix Bento
D7 G D/F# Em
E a hóstia consagrada, oiá, meu Deus
A7 D
E a hóstia consagrada, oiá
D A7 D
De Jessé nasceu a vara
A7 D
De Jessé nasceu a vara
D7 G D/F# Em
E da vara nasceu a flor, oiá, meu Deus
A7 D
Da vara nasceu a flor, oiá
D A7 D
E da flor nasceu Maria
A7 D
E da flor nasceu Maria
D7 G D/F# Em
De Maria o Salvador, oiá, meu Deus
A7 D

terça-feira, 29 de março de 2011

de terno tudo fica mais fácil

quinta-feira, 3 de março de 2011

vamos falar da dudude

"let's play me moscow disco"

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ruído branco

um ruído, imperceptível aos ouvidos dos outros, mas presente. atordoava-o, como um helicóptero a planar dentro da cabeça. e, naquele momento, ele estava desconectado de tudo. a informação que ousasse entrar, fosse a fofoca mais sórdida, era transformada em pedaços, e chegava irreconhecível.

tentava contar, como ensinaram a ele na infancia. um, dois, tr… três, qu… quat… e assim nunca conseguia, sem que uma dor o tomasse de súbito e o escravisasse.

tinha consigo algumas palavras mágicas: nomes de princípios ativos e de outras substâncias, recomendadas por médicos, terapeutas, curandeiros, e pela vizinha de apartamento. as letras tremiam tanto quanto seus olhos, e depois suas mãos e seus dentes.

correu para o computador creme e, depois do choque de luz que os olhos levaram, tentou alguns gestos de mouse e teclado, como se fosse um xamã digital. mas o seu oráculo não estava disposto a traduzir seus desígnios ou pelo menos balbuciar alguma tentativa de cura.

restou, então, concluir a coisa mais lógica possível: vou voar pelo mundo como uma abelha. e assim, fez-se a metamorfose.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

brainstorm #1

(ou “resposta a um email”)

olá

estou bem, e vc?

continuo em bh, provavelmente voltando pra sp

estou com pouco tempo pra conectar

soube da mudança por minha mãe

o que aconteceu com vc que não consegue abrir as msgs?

minha mãe fala coisas demais, ainda tenho amigos

foram boas lembranças, mas é passado

sei que vc n faz o que fala

melhor guardar esta experiência nos seus sonhos

prometo não te ligar

nem te mandar torpedo

são 5 da manhã e so penso em dormir na tarde seguinte

(e n vou poder dormir amanhã de tarde)

n me espere

n vou deletar este email

tb não vou atender seus desejos

abs.

w.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

do que sentirei falta (em belo horizonte) [6]

do antonio henriques, o CEO do ponto incerto ltda.



p.s.: mentiiira!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

um pente é um pente

um pente é um pente...

Traição é traição

Romance é romance

Amor é amor

e um lance é um lance

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

do que sentirei falta (em belo horizonte) [5]


- clube da esquina
- buteco
- pao de queijo do buteco perto do maletta

sábado, 15 de janeiro de 2011

plástico



Então não importa quantas pessoas morreram na enchente da semana passada. Elas já são pessoas mortas e, coitadas, assim devia ser. Ninguém pensa que a criança que dormia enquanto morria soterrada era, pela primeira e última vez no mundo, ela. Aquela criança não vai voltar. Dela restou o olhar, que é da mãe, os pés chatos, que são do pai, e um irmãozinho que tem a mesma pinta de nascença da coxa.
(Fernanda Young)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

gemidos