quarta-feira, 15 de julho de 2009

Adélia Prado e o cu

Estes versos são  de Adélia Prado, uma poeta (poetisa dirão alguns) divina de Divinópolis (MG).
Nas palavras de Carlos Drummond de Andrade: “Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo: esta é a lei, não dos homens, mas de Deus. Adélia é fogo, fogo de Deus em Divinópolis”.
Enfim, eis o pequenino poema:

Objeto de amor

De tal ordem é e tão precioso
o que devo dizer-lhes
que não posso guardá-lo
sem a sensação de um roubo:
cu é lindo!
Fazei o que puderdes com esta dádiva.
Quanto a mim dou graças
pelo que agora sei
e, mais que perdôo, eu amo.
Então? Sigam o conselho da poeta: fazei o que puderdes com esta dádiva.
(retirado de Pinky the Kinky)