sábado, 16 de outubro de 2010
one night in paris
Eu me chamo Andrea e moro no 16ème. Sou quase feliz.
Ao que parece, tenho tudo: sou jovem, bonito, rico; populações inteiras devem sonhar em ser eu. Ou quase. Sou jovem, bonito, rico e lúcido. E este é o detalhe que põe tudo a perder.
Minha vida é só luxo, calma e volúpia; tenho um apê de seis milhões, um carro dos sonhos (pelo menos dos sonhos de vocês) e mais roupas que Madonna, tenho pinturas dos grandes mestres, dois mil CDs e um American Express Platinum, pratico esporte no Ritz e nunca janto na minha casa.
Tenho 22 anos.
Moro na Foch Avenue, em duzentos metros quadrados de assoalho, sancas, lareiras e uma lindíssima sala de
banhos; nas paredes, os quadros já mencionados dos velhos mestres, mais um desenho de Warhol, que eu mesmo comprei num leilão, e pinturas geniais de artistas malditos; nos tetos, lustres de cristal, as únicas sobras do palácio na Toscaria que durante quatrocentos anos abrigou minha família.
Derrubei algumas paredes para fazer uma sala imensa onde estão largados um pouco soltos, como que
abandonados, um piano de cauda, uma mesa de jantar knoll, uma televisão Bang e Olufsen, uns sofás, umas
poltronas, mesas de centro de Conran e cinzeiros de Colette. Numa outra sala: uma cama kingsize, espelhos murais, uma foto noturna de Nova York e uma jacuzzi toda de vidro. Ando num Porsche GT3 com a placa 750NLY75, mando fazer os meus sapatos sob medida no Berlutti, só ando com jeans assinados e, faça sol ou chuva, não saio de casa sem os meus ray-ban dos anos 70, sempre uso gel nos cabelos.
Sou um artista e a minha obra sou Eu.
("Hell" - Lolita Pille)
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
La virtuosité martiale de l'Apocalypse selon Preljocaj
AFP/DMITRY KOSTYUKOV
Une scène du ballet d'Angelin Preljocaj, "Suivront mille ans de calme" lors de sa présentation à Moscou, le 13 septembre 2010.
Des drapeaux et des agneaux. Des cris de guerre et des bêlements. La fin du spectacleSuivront mille ans de calme chorégraphié par Angelin Preljocaj ose l'imagerie biblique de paix et signe son titre. Enfin. Les héros de cette fresque d'une heure quarante, inspirée par l'Apocalypsede saint Jean, n'auront pas volé leur repos. Matraquage lumineux, musique électro (par le DJLaurent Garnier), tableaux roboratifs, Preljocaj ne donne aucune issue à sa pièce, sauf celle de danser à mort.
Après l'Apocalypse flamenco d'Israel Galvan, plus tremblée, la vision de Preljocaj, interprétée par dix danseurs de sa compagnie et dix autres du Théâtre du Bolchoï de Moscou, tombe d'un bloc. Quadrillage de plateau permanent pour une chorégraphie éruptive qui pose le plus souvent les danseurs, seuls ou en duo, dans une petite surface vite saturée de mouvements. Le trait est ferme, dur même. Aucune fragilité en dépit d'un vocabulaire neuf et diversifié. Autant l'inspiration gestuelle est incisive, quitte d'ailleurs à s'annuler à force d'en rajouter, autant l'écriture manque d'élan. Même si l'on peut attribuer au thème l'absence d'air, l'asphyxie menace ce qui ressemble parfois à une forteresse chorégraphique. L'esthétique "clippée", chapitre après chapitre, accentue la fermeture de la pièce heureusement scandée par des duos. Le plus saisissant met aux prises un homme et une femme dont les étreintes glissent et claquent contre des parois en métal (scénographie de l'Indien Subodh Gupta). Est-ce le sujet, les catastrophes écologiques actuelles, la rencontre avec la technique classique russe, qui cadenassent autant le propos ? L'Apocalypseselon Preljocaj assène une virtuosité martiale.
"Suivront mille ans de calme", d'Angelin Preljocaj. Théâtre national de Chaillot, Paris 16e. Jusqu'au 22 octobre. 20 h 30. Dimanche, 15 h 30. Tél. : 01-53-65-30-00. De 11 à 32 €. Sur le Web : Theatre-chaillot.fr.
Rosita Boisseau
[http://www.lemonde.fr/culture/article/2010/10/06/la-virtuosite-martiale-de-l-apocalypse-selon-preljocaj_1421101_3246.html]
domingo, 3 de outubro de 2010
Não frutifique ódios. Fluidifique os pódios!
É tão bom não ter: Título de Eleitor, CPF, Identidade Nacional:)
É tão bom ter: Igualdade completa. Identidade Cultural.
A junção das duas palavras produz o sentido de saber se reconhecer.
Amo essa influencia: lugar, gênero, raça, história, nacionalidade mundial, orientação sexual, crença religiosa e etnia.
Sou LIVRE e principalmente LEVE....
*Marcinha Rosso
[de uma nova amiga no Facebook ^^]
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